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MASTOPLASTIA DE AUMENTO COM IMPLANTE DE PRÓTESES

abdomioplastiaMasmoplastia ou mamoplastia de aumento é o nome dado para as cirurgias das mamas com implante de próteses.

A cirurgia de mama com colocação de prótese de silicone está indicada nos casos de AMASTIAS (ausência congênita das mamas), HIPOMASTIAS (volume diminuído das mamas), ASSIMETRIAS, (uma mama é muito menor que a outra), nas RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS ( após ressecções de tumores de mamas) ou quando simplesmente existe o desejo estético de mamas com maior volume.

Casos de câncer de mama na família, combinados com displasia de alto risco contraindicam este tipo de cirurgia.

As mamoplastias de aumento com prótese de silicone podem ser realizadas a partir do completo desenvolvimento das mamas ( em geral 4 anos após a primeira menstruação). Após lactação, recomendamos pelo menos 6 meses após interrompê-la para uma cirurgia.

As próteses utilizadas atualmente consistem de um invólucro de silicone, de várias camadas, preenchidas com gel de silicone coesivo, que não se espalhará em caso de ruptura da prótese. É raro mas pode ocorrer rejeição à prótese de silicone. Também poderá ocorrer a formação de uma cápsula fibrosa envolvendo a prótese e esta cápsula se enrijecer, dando aparência inestética à mama ou sensação dolorosa e incômoda- nesses casos haverá necessidade de uma reintervenção. Com as próteses atuais, o risco de contratura capsular é de cerca de 2 a 4%.

É importante saber que o silicone não foi associado a doenças degenerativas articulares ou ao câncer de mama em amplos estudos realizados.

Entretanto , um tipo raro de linfoma  ( linfoma anaplásico de grandes células) , de  conhecimento  médico recente, pode ocorrer  na superfície interna da cápsula fibrosa que circunda os implantes, apresentando como sintoma mais comum um acúmulo de líquido ( seroma) tardiamente ( em média 8 a 10 anos depois da colocação dos implantes).

Por esse motivo , principalmente, recomenda-se o acompanhamento pós- operatório de próteses mamárias, a médio e longo prazo, com quem operou as mesmas.

A cirurgia não acaba na mesa cirúrgica! Não deixe de fazer todos  os acompanhamentos recomendados !

Tanto a cirurgia de redução quanto a de aumento das mamas preservam suas funções. A possibilidade de lactação e a sensibilidade são mantidas. Entretanto, logo após a operação pode haver uma diminuição da sensibilidade, que aos poucos retorna ao normal.

O tamanho das próteses é uma escolha da paciente, em conjunto com o cirurgião, que irá orientá-la com sua experiência durante a consulta.

As próteses são em geral colocadas por incisão inframamária ( periareolar e, mais raramente, axilar são também possibilidades). Também podem ser utilizadas acima ou abaixo do músculo peitoral.

Preferimos em geral as incisões inframamárias ( cerca de 5 cm) com colocação da prótese submuscular, o que permite uma melhor visualização e palpação das mamas em exames futuros para prevenção de câncer.

A cirurgia pode ser realizada em regime de hospital-dia, ou seja, podendo ser a alta hospitalar no mesmo dia da operação. O ato dura cerca de 2 horas e, em geral, é realizado sob anestesia local com sedação ou bloqueio intercostal ou ainda peridural.

Em casos de ptose mamária ( mamas "caídas", com flacidez) muitas vezes será necessária uma retirada de pele associada, com consequentes cicatrizes.

Após conversar com seu médico e esclarecer todas as suas dúvidas, ele lhe indicará alguns exames de rotina que recomendamos sejam feitos cerca de 15 dias antes da cirurgia. Também uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico) será recomendada. Em casos determinados podemos solicitar a mamografia, ultrassom ou outro exame específico que possa ajudar no esclarecimento diagnóstico.

Lembre-se das recomendações gerais para as cirurgias:

  • Não usar, por 2 semanas antes, medicamentos à base de AAS, anticoagulantes, corticóides de uso prolongado ou medicamentos para emagrecer.
  • Abstinência do fumo por 30 dias antes da operação
  • Não usar cremes corporais a partir da véspera da cirurgia
  • Jejum de acordo com a recomendação médica (10 horas antes da cirurgia)
  • Comunicar ao seu médico qualquer anormalidade ou uso recente de medicamentos, alergias medicamentosas ou alimentares e alguma outra informação pertinente.
  • Guardar em casa objetos pessoais como jóias e bijuterias.
  • Acordar de jejum no dia da cirurgia, tomar banho completo e chegar ao Hospital 1 hora antes da cirurgia com acompanhante.

ORIENTAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

Normalmente esta cirurgia não apresenta um pós-operatório doloroso, exceto nos dois primeiros dias, sendo prescritos analgésicos , antibiótico e às vezes anti-inflamatório.

A paciente receberá alta hospitalar com todas as recomendações necessárias a uma boa recuperação:

  • Repouso de atividades físicas e limitação de movimentos bruscos e amplos dos braços;
  • Deitar com o tronco elevado por almofadas e travesseiros. Não deitar de lado ou de bruços até que seja autorizado pelo seu cirurgião;
  • Banhos ou trocas do soutien somente com a autorização da equipe cirúrgica, geralmente no 1º dia, sem molhar o curativo e 7 dias depois banho normal.
  • Não trocar ou manipular os curativos, mesmo que haja um pequeno sangramento. Os curativos devem ser feitos pela equipe cirúrgica ou orientadas por ela;
  • Movimentação dos membros inferiores e pequenas caminhadas são muito importantes para a prevenção de tromboses e embolias.

OBSERVAÇÃO

Normalmente esta cirurgia não apresenta um pós-operatório doloroso- o uso de analgésicos comuns resolve bem e estes serão recomendados em sua prescrição de pós-operatório.

Sangramentos copiosos ou variações volumétricas exageradas (aumento da mama) (na maioria das vezes unilateral) e de acontecimento súbito, acompanhados de dor, devem ser imediatamente comunicados ao seu médico. Pode se tratar de um hematoma e deve ser avaliado prontamente.

  • Os retornos para a retirada de pontos e avaliação pós-operatória são feitos com: 8 dias da cirurgia. Retornos adicionais serão comunicados pelo cirurgião e devem ser seguidos para uma completa recuperação e avaliação dos resultados.
  • O soutien deverá ser usado por um período mínimo de 30 dias, durante todo o dia, inclusive para dormir, mas as particularidades de cada caso serão avaliadas e este período poderá ser até mesmo prolongado. Seu médico lhe dará todas as orientações;
  • Não dirigir por um período mínimo de 10 dias;
  • Não carregar peso por no mínimo 3 semanas;
  • Não fazer movimentos amplos e bruscos com os braços por cerca de 15 dias;
  • Após 2 meses poderá retornar a suas atividades físicas habituais como ginástica e natação;
  • Exposição ao sol com o intuito de bronzear somente será permitida após 30 dias. Até aí, pequenas caminhadas sob o sol poderão ser feitas com o uso de bloqueadores solares;
  • Vida sexual, sem manipulação das mamas, liberada após 10 dias da cirurgia;
  • Deverá ser realizada automassagem nas mamas após 15 dias da cirurgia;

As intercorrências mais comuns são : equimoses (manchas roxas na pele), edema (inchaço), pequenos hematomas que podem drenar espontaneamente ou necessitar drenagem cirúrgica, eliminação de pontos internos no pós -operatório, deiscência de pontos (abertura do corte), alterações transitórias da sensibilidade etc.

A formação de uma cápsula fibrosa envolvendo as próteses é uma intercorrência indesejável, sem causa bem estabelecida. Quando acentuada pode exigir reintervenção com substituição ou mesmo retirada das próteses.

No entanto a qualidade técnica das próteses atuais reduziu a ocorrência deste problema a um pequeno percentual.

EVOLUÇÃO A LONGO PRAZO

Os resultados de uma cirurgia de mama, embora duráveis, não se mantém pelo resto da vida. A qualidade dos resultados sofre alterações contínuas ao longo dos anos. Alguns fatores como idade, variação do peso corporal, qualidade e textura da pele, influências hormonais, gravidez, lactação, substituição adiposa das glândulas mamárias, etc interferem na forma das mamas ao longo do tempo

As próteses podem ser substituídas por outras de maior ou menor volume de acordo com a vontade da cliente ou a necessidade de adequação às novas condições das mamas.

Recomenda-se a troca das próteses mamárias nos casos de ruptura, alterações da forma das mamas, presença de contratura capsular severa, infecção ou desenvolvimento de doenças mamárias incompatíveis com a permanência das próteses no organismo. O controle mamográfico e cirúrgico rigorosos irá detectar estas alterações, indicando a troca. Não há obrigatoriedade de troca a cada 10 anos.

As pacientes operadas devem pelo menos a cada um ou dois anos fazer um controle com quem as operou.